Volto a esse lugar, cemitério dos meus sentimentos, pra chorar sozinho.
Os barcos vem atracar na minha costa, mas não sei erguer um porto. Não sei dar âncoras.
Meu peito dilacerado transborda enquanto vejo o sol se por no horizonte azul.
A noite se espalha, escurece minha vista
Eu já não sei se os barcos continuam aqui, tudo é escuro
tudo que vejo é a noite, e contra o fundo preto da minha consciência
ainda imagino as velas em riste, com as quais desejo ainda navegar o mundo
Rompi com o mundo, queimei meus navios
mas já não tenho onde pousar meus sonhos
me afogo
Sob aquela luz vermelha, contemplo meu crime
alma incendiada sob o calor da minha
queimada, em trapos
tudo que queria era construir um porto
mas como posso se estou à deriva?
quinta-feira, abril 09, 2020
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário