terça-feira, junho 27, 2006

Tava lendo um textinho aí do carequinha Lênin, chamado assim: O materialismo dialético e o Anarquismo.
Achei que ia ser interessante, mas não tem nada a ver. É uma discussão sobre o materialismo dialético ser ou não uma ciência e coisa e tal. Tipo assim, super demodê, sabe?
Mas tem um trecho que me deu vontade de colocar aqui, porque não faz absolutamente nenhum sentido, é como uma discussão entre crianças de nove anos.

"Uma outra coisa os senhores anarquistas não podem perdoar ao método dialético: "A dialética... não oferece a possibilidade nem de sair ou pular para fora de si, nem de saltar por cima de si mesmo" (vide Nobati, n. 8, Ch. G.). Eis que, senhores, tendes totalmente razão: o método dialético não dá essa possibilidade. Mas por que não a dá? Porque "pular para fora de si mesmo e saltar por cima de si mesmo", são ocupações próprias de cabras monteses, e o método dialético, ao invés, é feito para os homens. Eis onde está o segredo!"

Sensacional né? Aprendi horrores.

domingo, junho 04, 2006

Como Queríamos Demonstrar


Transtornado. Esta é a palavra que define meu estado de espírito no momento. Ainda nem sinto a coisa bem digerida no meu cérebro pra poder escrever sobre ela, mas como eu posso falar a merda que quiser aqui, vai assim mesmo.
O Movimento Estudantil é um CU, um GRANDE CU. Eu queria ir na plenária final do Congresso de Estudantes da USP e gritar isto. Isto não ia ser suficiente. Eu queria ir na plenária final do CONUNE e gritar isto e um monte de coisas no microfone. Eu queria escrever um tratado de mil páginas dizendo em detalhes como, quando, onde e porquê o ME é um grande CU.
Mas, como queríamos demonstrar, eu fui na plenária inicial ver o grande autismo burocrata: em vez de defendermos o emprego de oito terceirizados que ganham menos de quatrocentos reais, não têm direitos trabalhistas e foram demitidos por se organizarem com um sindicato, o Congresso decide por fazer a discussão, priorizando nosso "acúmulo", levar as discussões pra nossos Campi e, finalmente, tirar uma deliberação que será fundamental para impulsionar nossas lutas. Os burocratas optam pela mentira deslavada, a calúnia, a hipocrisia sem pudores.
Eu vi os GTs autistas, discutindo idiotices sem base material nenhuma. Eu vi a plenária final com seus delegados desqualificando a posição das correntes minoritárias em um gesto absolutamente idiota e infantil. O Congresso aprovou que o PCO é fascista.
E, enfim, como já prevíamos, vimos as pessoas não entenderem sarcasmo e nos dizerem que somos reacionários, machistas, conservadores. E até mesmo levantarem a questão de que talvez estejamos do outro lado da trincheira. Veja bem, não veio da minha boca sectária e cheia de nojo. Mas talvez seja verdade. Talvez eu não esteja do lado da trincheira das pessoas que querem fazer a frente classista e brincar de ser parlamentar. Talvez eu não esteja do lado da trincheira que quer brincar de "acumular" sobre a luta de classes enquanto ela está acontecendo debaixo do nosso nariz.
Eu estou de saco cheio. DE SACO CHEIO.