terça-feira, janeiro 27, 2009

Não há prática revolucionária, sem teoria revolucionária

A conhecida citação de Lênin diz tudo, e qualquer um que se pretenda um militante revolucionário minimamente consequente há de concordar com isto, seja ou não partidário do Leninismo. Para nós, vivendo em uma época em que o legado de tradições das lutas do movimento operário e socialista remonta mais de dois séculos, e em que a ideologia triunfante burguesa (e até mesmo muitos que se autodenominam como "de esquerda") alardeou o fim da União Soviética como a vitória final do capitalismo, a tarefa de estudar e resgatar esta história a fim de aprender suas lições é tão difícil quanto necessária.
Por experiência própria sei que é prática comum entre a militância de esquerda (talvez no Brasil em especial) fazer tabula rasa da vastíssima experiência de lutas dos trabalhadores, descartando absolutamente tudo o que veio antes como inútil sem ao menos se dar ao trabalho de conhecer isto que se joga fora. É uma tentativa inútil, desesperada e leviana de criar algo como um foguete espacial sem querer saber ao menos como se faz um motor de combustão. É impressionante, no entanto, como um modo de agir tão estúpido vigora com tanto fervor entre a esquerda. Eu mesmo, por exemplo, demorei anos até me dar conta de que tomava tal atitude.
Entretanto, a postura mais perniciosa diante da teoria revolucionária e da história da luta pelo socialismo leva esta cretinice adiante, pois, além de ignorar flagrantemente a história, acredita que sabe dela tudo o que é necessário, transformando análises absolutamente superficiais em dogmas dignos de serem seguidos às últimas consequências.
A história está repleta de nomes que dedicaram longas vidas inteiramente à causa revolucionária, e que morreram sem aprender uma ínfima parte do que desejavam. Em geral, sua luta levou a sua morte prematura. Está repleta também de erros e acertos das lutas pregressas, cujo simples estudo poderia ajudar enormemente a nos prepararmos para as lutas vindouras. Poucos são os revolucionários dignos de respeito que, ao longo de sua vida, não mudaram posturas e reviram pontos fundamentais de sua prática pautados em elaborações teóricas que foram frutos de um confrontamento cotidiano de suas concepções diante da realidade concreta. Muitas vezes, aqueles que se vangloriam de peito estufado de uma pretensa "coerência teórica" são os mais obtusos militantes. Alguns dos textos mais brilhantes da história da teoria socialista são os textos de polêmicas, em que os revolucionários se debruçavam exaustivamente sobre concepções alheias, esforçando-se para demonstrar porque e em que estas estavam equivocadas.
Já passa da hora de retomarmos seriamente estas tradições, de realmente pensarmos criticamente nossas práticas, pois sem isso estamos fadados ao fracasso e a mediocridade. Estes já são um terrível peso sobre as costas de um indivíduo. São muito piores quando temos a responsabilidade de fundarmos um projeto coletivo, que pretende ser uma luta pela emancipação de toda a humanidade, junto com nossos próprios erros.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Acho que não sei mais fazer este negócio de blog, tem ares de coisa muito estúpida pra que eu consiga fazer algo bom dele.
Ando tentando ler 5000 páginas antes de voltar às aulas, pra ver se consigo pelo menos aproveitar as férias.
Quem passar aqui, deixe o link de seu respectivo site pq perdi todos quando fui mudar o lay-out do meu.