Nas madrugadas
você chora no seu sono?
Entre páginas do capital
e cenários de horror pandêmicos
seu rosto reluz nos meus sonhos
num sono profundo que quer dizer não
Nas manhãs, me agarro a páginas
Há algo de você no horizonte
no combate duro contra a exploração
contra as mortes que se proliferam
vejo seu rosto, distante
O meu tempo é tão falho?
Por que o quarto está tão frio?
Você chora no seu sono?
Todas minhas falhas expostas
um gosto amargo na boca
enquanto o desespero toma conta.
E por que algo tão bom
simplesmente não pode funcionar mais?
O amor vai nos separar uma vez mais
quinta-feira, abril 16, 2020
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