domingo, julho 10, 2005

Eu decidi que não posso mais ficar me fazendo de vítima e sendo um bundão. Eu vou fazer as coisas que eu quero e dar um jeito de conseguir.
Mas eu tenho medo de ter estragado toda minha capacidade de ser criativo ou de fazer qualquer coisa...

sábado, julho 02, 2005

Sentado na sarjeta com o sol de domingo ferindo os olhos e queimando a pele. Quis que todos os dias fossem cinzas, fossem frios, fossem de chuva, fossem de vento. Sentado na sarjeta, vendo as crianças jogando bola na praça da frente, os moleques de bicicleta, os namorados no banco da praça, o mendigo de cachaça em riste entoando a canção da vida. Quis que tudo fosse morte e desolamento, quis rasgar a hipocrisia da vida com suas próprias mãos...mas elas estavam cansadas demais para fazerem qualquer coisa. Quis lembrar a cada pessoa que sorria que a vida era solidão e sofrimento, que a felicidade era fugaz. Quis lembrar que cada sorriso é mais tênue que a chama de uma vela em meio a uma nevasca. As pessoas, felizes, eram pura ignorância. Tristes, eram descartáveis.
Quis que todos lembrassem de que a felicidade vai até ali na esquina, e que depois o mundo é um mar de desespero.