Haverá peixes no mar quando o sol voltar
e todos comerão fartamente
sorrindo.
Repito isso no canto
escuro, frio, úmido,
da minha mente
Em meio à chuva e ao vento
tento recolher pedaços
ruínas de barcos
num quebra-cabeça impossível
A fome sufoca, engasga o pensamento
turva a visão, embaça o futuro
que se confunde com a lama presente
não se vê, não se sonha
Me jogo ao mar com escombros
chocando a quilha contra as ondas
imensas, intransponíves
me afogo na tormenta
Haverá sol?
Não sei
mas aguardo o dia de te ver
quando o sol voltar
quarta-feira, abril 15, 2020
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