segunda-feira, janeiro 19, 2004

Às vezes, quem muito fala nada tem a dizer. E eu derramei um rastro de palavras bobas que eu nunca quis pra mim nem pra ninguém. Mas castelos de palavras se ruem sozinhos, castelos de mentiras só existem quando dormimos.
Trocamos, nem todos eu espero, vidas por mentiras.
Queremos o impossível, o impensável, mas na verdade só queríamos aquilo que já tínhamos.
Aprendi comigo mesmo a desprezar o que tenho e querer o que não quero.
Aprendi comigo mesmo que meu arrependimento é uma conseqüência natural dos meus atos e que, portanto, talvez o melhor seja tentar ignorá-lo. Ninguém suporta uma vida em arrependimentos.
Onde estão as segundas chances e o que seria delas se elas existissem? Acho que são contos de fadas, feitos para ensinar uma lição que não faz diferença aprender. Porque nunca poderemos usá-la.
A esperança é só um fruto da tristeza, pois se não fosse assim, não precisaríamos dela. Se ela é boa ou ruim, isto nunca coube a mim julgar.
Eu disse já, que sempre construo um castelinho com cartas. Frágeis, que podem ser arrancadas do seu lugar a qualquer momento. E eu nunca soube proteger elas. Eu só queria minhas cartas de volta. Eu não quero fazer dramas, mas é difícil me censurar. Ainda mais quando pedem pra eu não fingir. Não dá pra fazer os dois ao mesmo tempo.
A vida é feita de sábados à noite e domingos de manhã. Pouca gente sabe disto.

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