eu
sem eu
em trabalho bruto
na busca
do pungente sentido
de ser
eu
no afã
das palavras
o não dito
fustiga
inquieta
acossa
instiga
a ânsia
de ser
quem?
emudecido
persigo
o eu
perdido
topada:
no soluço desse criar
um sentido embaralhado
me levou a você
soletra
desejo
espelho
desencontro
sorriso
tua vida pulsante
virou meu be-á-bá
meu (des!)engano
procura de sentido
na tua pele
teu escrito
cru
rasgante
em carne viva
viva!
e as raízes
sedentas
procuram
terreno firme para se afincar
tolices, tropeços
os pés pelas mãos
e me (te) afogo
nesse obscuro pulsante
desejo
sôfrego
de poesia
amor e vida
a dor de procurar
a salvação em um espelho
são palavras, gestos
impaciência, besteira
isso tudo sou eu
confuso
incoerente
pedinte
resfôlego
de
querer
respira
respira
respeita
o tempo
a vida
a dança
um recomeço? é cedo para dizer
exageros, expectativas e o futuro à parte
te oferto essas desculpas
bobas, como o resto
somos carne
coração
contradição
e se, de nada restar nada
fico com esses sonhos
talvez não tão lindos
mas que são,
legitimamente são.
herança e resultado
da procura da poesia
que achei no teu encontro
e esse desejo
terça-feira, outubro 21, 2014
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