Raras noites em que podemos tocar as estrelas
em que nossa língua toca os sonhos
que guardamos
represados
no peito
em um copo e outro
passando em revista
as dúvidas
largando na sobriedade
uma timidez persistente
me perco sem mapa
na constelação que sobe
de ponto a ponto,
nas costas de um sonho
sonhando retorno, mergulho
adormecido, desperto
me entrego
afago
sem mais
nas palavras nos perdemos
mas nos corpos
esses que falam a língua do desejo
encontramos o desejo
da palavra
do toque
de tanto
de tudo
às vezes é melhor falar a língua do corpo
às vezes, às vezes, ela sabe mais
dos desejos que a palavra não alcança
se minhas palavras são pouco
para dizer esse desejo
te peço então
me tome
todo
Há muitas coisas que queria te dizer, mas não sei como...
Há muitas coisas que queria te dizer, mas não sei como...
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